sexta-feira, 9 de maio de 2014

Fwd: pra gente curti junto:



---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Ecoaecoa Coletivo <ecoaecoa@gmail.com>
Data: 6 de abril de 2014 23:31
Assunto: pra gente curti junto:
Para: Felipe fiorenza nunes <somdecaixa@gmail.com>


50 obras produzidas na ditadura

BRUNO CALIXTO, MARINA RIBEIRO E VINICIUS GORCZESKI
31/03/2014 08h00 - Atualizado em 04/04/2014 23h41
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50 obras produzidas durante a ditadura (Foto: ÉPOCA)

Um dos legados mais duradouros da ditadura militar está no meio cultural, mais facilmente perceptível na música. Até o início dos anos 1960, os músicos brasileiros que fizeram história destacaram-se principalmente pela genialidade artística – tomem-se exemplos como Cartola, Dorival Caymmi, Noel Rosa e Pixinguinha. A partir dos anos 1960, uma nova geração de músicos passa a ser avaliada por seu talento e, em igual medida, por suas atitudes e opiniões sobre a sociedade, a política e o Brasil – entram em cena Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Rita Lee e Tom Zé.

Os artistas, principalmente aqueles egressos da classe média instruída, passaram a ser cobrados a respeito de suas visões de mundo. A ditadura contribuiu com essa expectativa. Embora tenha sempre exercido a censura, empenhou-se em construir um delicado balanço. Ao mesmo tempo em que reprimia a atuação de movimentos sociais e a oposição política, tentava dar alguma liberdade a manifestações críticas no campo das artes. "Por mais que seja absurdo ou contraditório, foi um período de muita efervescência intelectual", diz o escritor Carlos Heitor Cony (que relança, em abril, o livro O ato e o fato, de 1964). "Houve muita reação intelectual sem recorrer às armas. Apesar da repressão, se analisarmos Caetano, Gil, (Geraldo) Vandré e o pessoal do teatro, vemos que quem tinha coragem de dizer alguma coisa disse."

A imagem dessa geração de artistas foi polida pelo atrito com a ditadura e amplificada pelo fortalecimento da indústria cultural. Gravadoras, editoras e emissoras de TV expandiram-se junto com a urbanização, o avanço do capitalismo e o crescimento econômico ocorrido entre os anos 60 e 1973. "Isso contribuiu para dar ao músico um status de intelectual, algo peculiar do Brasil", diz o historiador Marcos Napolitano, da Universidade de São Paulo (USP), especialista no tema. Até hoje, novas levas de artistas da música popular brasileira continuam sendo medidos contra uma mesma régua – aquela geração que chegou ao estrelato nos anos mais difíceis da ditadura militar.

Na lista abaixo, constam obras produzidas no período do regime militar – distribuídas entre livros, músicas, filmes e peças de teatro. Em outra lista, ÉPOCA também relaciona obras lançadas ao longo dos 21 anos após a abertura democrática. Esse conjunto busca esclarecer ou narrar os desdobramentos políticos do período.
 

Obras produzidas no período do golpe de 1964 (Foto: Reprodução)

Livros:
1. O mundo do socialismo, de Caio Prado Júnior, (1962)
2. História Militar do Brasil, de Nelson Werneck Sodré (1965)
3. Torturas e torturados, de Marcio Moreira Alves (1966)
4. Revolução Brasileira, de Caio Prado Júnior (1966)
5. O casamento, de Nelson Rodrigues (1966)
6. Dez histórias imorais, de Aguinaldo Silva (1967)
7. Copacabana - Posto 6, de Cassandra Rios (1972)
8. Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca (1975)
9. Zero, de Ignácio de Loyola Brandão (1975)
10. Mister Curitiba, de Dalton Trevisan (1976)
11. O cobrador, de Rubem Fonseca (1979)

Peças de teatro:
12. Liberdade, liberdade,  de Millôr Fernandes e Flávio Rangel (1965)
13. Papa Highirte, de Oduvaldo Vianna – Vianninha (1968)
14. O abajur lilás, de Plínio Marcos (1969)
15. Roda viva, de Chico Buarque (1967)


Músicas:
16. Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando), de Geraldo Vandré (1968) 
17. Cálice, de Chico Buarque (1973)
18. Disparada, de Geraldo Vandré e Théo Barros (1966)
19. Alegria, alegria, de Caetano Veloso (1967)
20. O bêbado e o equilibrista, de Aldir Blanc e João Bosco (1969)
21. Mosca na sopa, de Raul Seixas (1973)
22. É proibido proibir, de Caetano Veloso (1968)
23. Apesar de você, de Chico Buarque (1973)
24. Acender as velas, de Zé Keti (1965)
25. Que as crianças cantem livres, de Taiguara (1973)
26. Jorge Maravilha, de Chico Buarque (1974)
27. Que país é este?, de Renato Russo
28. Acorda, amor, de Leonel Paiva e Julinho da Adelaide (1974)
29. Animais irracionais, de Dom e Ravel (1974)
30. Aquele abraço, de Gilberto Gil (1969)
31. Cartomante, de Ivan Lins e Vitor Martins (1978)
32. Opinião, de Zé Keti (1964)
33. A primeira noite de um homem, de Odair José (1974)
34. Bolsa de amores, de Chico Buarque (1971)
35. Milagre dos peixes, de Milton Nascimento (1973)
36. Hoje é dia d'El Rey, de Márcio Borges e Milton Nascimento (1973)
37. Comportamento geral, de Gonzaguinha (1973)

Novelas:
38. Roque Santeiro, de Dias Gomes e Aguinaldo Silva (censurada em 1975, foi ao1985)
39. Selva de pedra, de Janete Clair (1972)
40. O Bem-Amado, de Dias Gomes (1973)
41. Pecado capital, de Janete Clair (1975)

Filmes:
42. O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla (1968)
43. Laranja mecânica, de Stanley Kubrick (filme estrangeiro censurado, considerado violento) (1971)
44. Terra em transe, de Glauber Rocha (1967)
45. Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade (1969)
46. Como era gostoso o meu francês, de Nélson Pereira dos Santos (1971)
47. Opinião Pública, de Arnaldo Jabor (1967)
48. A freira e a tortura, Ozualdo Ribeiro Candeias (1983)
49. Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho (1984)

Publicação:
50. Revista Fradim (1971-1980)



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         coo?
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_l"l_
{o,o}
|)__)_
---"-"---
Alissa Gottfried
Ecoaecoa Coletivo - ArtEducação Popular Low Tech

http://softwarelivre.org/editora-educadora-ecoaecoa
http://rpgcomunativo.pontaodaeco.org/

Somos todos e-feitos uns para os outros
Façamos a nossa vontade
Participemos todos do crédito
Saibamos lembrar o cheiro que tem o sangue
E a cor que tem o sonho
Assim como a utilidade do lixo :j

Seja um marginal profissional, 
Seja anti-herói!



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segunda-feira, 17 de março de 2014

Soldados, cabos e sargentos querem desmilitarização para que seja criada uma nova polícia. PEC 51/2013 tramita no senado.

http://abamf.com.br/abamf/2014/01/soldados-cabos-e-sargentos-querem-o-fim-da-policia-militar/




O fim da Polícia Militar para dar lugar à criação de uma nova polícia é defendido por cabos, soldados e sargentos da corporação em todo o País. Pode parecer contraditório os próprios policiais serem a favor da desmilitarização. Mas, segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados do Espírito Santo (ACS-ES), Flávio Gava, a organização militar gera insatisfação entre os que ingressam na corporação como praças, principalmente, cabos, soldados e sargentos.
A desmilitarização é um dos pontos defendidos pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51/2013, que hoje tramita no Senado e propõe ainda o fim da divisão do trabalho policial, em que a Polícia Civil investiga, enquanto a Polícia Militar realiza o policiamento preventivo. Segunda a proposta, toda polícia deve ser de natureza civil e realizar o ciclo completo, que é prevenir e investigar. De acordo com Gava, cerca de 95% dos praças apoiam a PEC 51, que também sugere a carreira única nas polícias, o que acabaria com a divisão entre praças e oficiais. “O fato de não existir uma carreira única cria um monte de conflitos internos nas instituições. Na carreira única, a hierarquia permanece, só que ela é baseada numa quantidade menor de postos. Além disso, só vai haver uma porta de entrada para a carreira policial, diferentemente do que ocorre hoje, pois há dois concursos públicos para entrar na mesma instituição”.

Os 20 países com os maiores gastos militares do mundo

Estados Unidos estão em primeiro lugar e gastam mais do que os outros nove primeiros países juntos



http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/os-20-paises-com-os-maiores-gastos-militares-do-mundo#11


“Eu não sou nada”: o que se esconde sob a humildade de Pepe Mujica

http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/03/eu-nao-sou-nada-o-que-se-esconde-sob-humildade-de-pepe-mujica/


“Eu não sou nada”: o que se esconde sob a humildade de Pepe Mujica

Nas palavras de Vargas Llosa, é um velhinho estadista que fala com sinceridade insólita para um governante

Por Kiko Nogueira, em Diário do Centro do Mundo

No início da “Divina Comédia”, Dante encontra Virgílio, seu guia no inferno, e lhe diz: “Mestre, para mim, são tão certos e me impõem tanta confiança os teus arrazoados, que os demais me parecem carvões apagados.”
Pepe Mujica, o presidente do Uruguai, erra muito pouco. Em sua última entrevista, ao jornal “O Globo”, explicou como pretende lidar com as visitas de turistas a seu país para fumar maconha (como se sabe, o Uruguai legalizou o comércio da erva). Falou muito mais. E, como costuma acontecer, transcende as questões comezinhas e dá a qualquer conversa um tom filosófico. Nas palavras de Vargas Llosa, é um velhinho estadista que fala com sinceridade insólita para um governante.
“Queremos tirar o mercado do narcotráfico, queremos tirar-lhes o motivo econômico, queremos que o narcotráfico tenha um competidor forte e não seja o monopolista do mercado. Ao mesmo tempo, tentamos incitar as pessoas a atuarem do ponto de vista médico”, disse ele. “Mas temos que ter muito cuidado, porque não é uma legalização como as pessoas supõem no exterior, não vai ter um comércio, os estrangeiros não poderão vir aqui ao Uruguai para comprar maconha. Não vai existir o turismo da maconha. A decisão tomada não tem nada que ver com esse mundo boêmio. É uma ferramenta de combate a um delito grave, o narcotráfico, é para proteger a sociedade. É muito sério”.
Sobre seu exemplo como líder: “Pretende ser um mini-ato de protesto. As repúblicas não vieram ao mundo para estabelecer novas cortes, as repúblicas nasceram para dizer que todos somos iguais. E entre os iguais estão os governantes. Têm uma responsabilidade implícita e penso que devem viver de forma bastante similar à maneira de viver da maioria do seu povo. Ninguém é mais que ninguém, começando pelo governante.”
Sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo: “O casamento homossexual, por favor, é mais velho que o mundo. Tivemos Julio Cesar, Alexandre, O Grande, por favor. Dizer que é moderno, por favor, é mais antigo do que nós todos. É um dado de realidade objetiva, existe. Para nós, não legalizar seria torturar as pessoas inutilmente”.
Sobre trabalho: “Temos que lutar para que todos trabalhem, mas trabalhem menos, todos devemos ter tempo livre. Para quê? Para viver, para fazer o que gostam. Isto é a liberdade. Agora, se temos de consumir tanta coisa, não temos tempo por que precisamos ganhar dinheiro para pagar todas essas coisas. Aí vamos até que pluff, apagamos.”
Sobre manifestações: “Eu simpatizo com os protestos, mas não levam a lugar nenhum. Não construíram nada. Para construir, há de se criar uma mente política, coletiva, de longo prazo, com ideias, disciplina, e com método. E isso é antigo, ou parece antigo. Mas sem interesses coletivos, é difícil mudar. Não são os grandes homens que mudam as sociedades, mudam quando os protestos se organizam, disciplinam, têm métodos de longo prazo. Estes movimentos de protesto têm a vantagem do novo, e tentam alguma coisa nova porque desconfiam de todos os velhos, especialmente os partidos, porque perderam a confiança neles. Mas as primaveras têm se transformado em inverno porque não sabem onde ir.”
Sobre política: “Temos de revalorizar o papel da política. Mas no mundo real, muita gente se mete na política por que gosta de dinheiro, estes devem ser expulsos porque prostituem a política. A política tem de ser feita com carinho, a política tem a ver com a harmonia das contradições que há na sociedade, tem de lutar para harmonizar este mundo frágil e cheio de contradições que estamos vivendo.”
Sobre seu reconhecimento: “Não é que me achem tão excepcional, me usam como uma maneira de criticar os outros. A última vez que estive na ONU escutei discursos de um presidente de um país europeu [Hollande, da França] pelo qual temos um respeito enorme pela cultura, por suas tradições, pelo que significou no mundo. Fiquei assustado, porque parecia um discurso neo-colonialista. Eu não sou nada, sou um camponês com senso comum. Sem dúvida, estou vivendo uma peripécia. Talvez, se não tivesse passado tantos anos presos com tempo para pensar, fosse diferente.”
Sobre o Brasil e a América Latina: “Brasil vai fazer um campeonato do mundo lindo. Brasil deve apreciar o melhor que tem, não é a Amazônia nem o petróleo, é o experimento social de ser o país mais mestiço do mundo. E tem uma grande alegria de viver, mesmo com as dificuldades e isso deve à África. Por isso, a luta é que brasileiros sejam mais latino-americanos.”
A admiração de Llosa é genuína, mas há algo de condescendente em sua consideração. Mujica é também mais que um camponês com senso comum. É alguém em quem sempre vale a pena prestar atenção. Um mestre. Como disse Dante: “Com aquela medida que o homem usa para medir a si mesmo, mede as suas coisas”.

198 formas não-violentas de fazer uma revolução

http://www.oesquema.com.br/conector/2013/09/13/198-formas-nao-violentas-de-fazer-uma-revolucao.htm


Assisti ontem “Como Começar uma Revolução”, documentário inglês sobre o trabalho do especialista em ação não-violenta Gene Sharp. Americano e militante pacifista, ele se recusou a participar da Guerra da Coréia nos anos 50, foi preso por isso e a partir daí dedicou a vida a pesquisar formas de derrubar governos sem a necessidade do uso de violência. Em 1993, ele publicou “Da Ditadura à Democracia – Uma Estrutura Conceitual para a Liberação”, que compila métodos pacíficos de resistência e ação para grupos oprimidos. O livro já foi traduzido para mais de 40 línguas e é considerado uma peça intelectual importante em diversas insurgências ao redor do mundo.
O filme está disponível gratuitamente no NOW (vá na sessão NOW TV e procure pelos documentários do GNT). Alguma boa alma também gravou da NET essa versão com legendas em português e botou inteiro no YouTube:





sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A realidade é outra

Adriano Benayon * – 30.09.2013
A presidente da Republica mantém a tradição de muitos predecessores, com discursos aparentemente nacionalistas, enquanto diariamente trata a soberania e o desenvolvimento do País como coisas descartáveis.
2.  Ela denunciou o que foi mostrado por Assange  e, depois,  por Snowden e Greenwald: o governo dos EUA, suas agências e empresas apropriam-se de informações econômicas, estratégicas e até das das pessoas físicas de todos os países sem meios de impedi-lo.
3. A presidente disse que fará proposta para estabelecer um marco civil multilateral para a governança e uso da internet, em nível mundial, visando a “efetiva proteção dos dados". Essa proposta não tem chance alguma de ser adotada, mesmo porque  os EUA não  aceitam regras internacionais que se sobreponham às leis deles.
4. O jornalista Fernando Rodrigues foi ao ponto: “Dilma faria melhor se buscasse equipar o Brasil contra ataques cibernéticos. A presidente faz o oposto. Engavetou um projeto de Política Nacional de Inteligência que cria diretrizes para o Estado brasileiro se prevenir de ações de espionagem. O texto está pronto e parado, no Planalto, desde novembro de 2010.”
5. Em ótimo artigo, “O Discurso e a  Prática”  Paulo Passarinho, âncora do Faixa Livre da Bandeirante, recorda ter Assange  apontado que  China,  Inglaterra,  França, Alemanha e Rússia, entre outros, têm investido pesadamente nessa área estratégica e defende que o Brasil adote sistema de criptografia de tecnologia nacional.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O MOVIMENTO BOMBA! E A LUTA É SEXY!


VITÓRIAS EM ALTO NÍVEL DE PERDAS URGENTES!
ESSE POVO TÁ TÃO INTELIGENTE QUE JÁ TEM
PRESIDENTE CHORANDO DE TANTO MEDO!!







http://www.sul21.com.br/jornal/2013/07/galeria-apos-quase-oito-dias-camara-e-desocupada-pelos-manifestantes/

QUE PAPA QUE NADA! VIVA AS PAPISAS!

 (criação-criatura do movimento dos trabalhadores precários: http://cartomanzia.precaria.org/index-eng.html). GRÁVIDA DE DESEJOS, com preservativo e vibrador na mão, a PAPISA defende todas as formas de amor e, sobretudo, o direito ao tempo de amar e cuidar do outro. Talvez O DIREITO AO TEMPO seja o desejo mais radical de todos os tempo…
Foto: QUE PAPA QUE NADA! VIVA AS PAPISAS! (criação-criatura do movimento dos trabalhadores precários: http://cartomanzia.precaria.org/index-eng.html). GRÁVIDA DE DESEJOS, com preservativo e vibrador na mão, a PAPISA defende todas as formas de amor e, sobretudo, o direito ao tempo de amar e cuidar do outro. Talvez O DIREITO AO TEMPO seja o desejo mais radical de todos os tempo…

SE É PRA SER VIGIADO QUE SEJAMOS OUVIDOS!

A uns meses atrás se manifestou um assessor da Dilma na lista do fisl pedindo uma ajuda da comunidade pra entender a juventude que estava nas ruas, eu aproveitei e pedi uma plataforma livre que pudesse servir a juventude que está revolucionando e reconstruindo a cidadania e eis que surge a plataforma e detalhe a logo é a lógica contrária a logo do fisl formando a logo do projeto esporo de cultura digital de PoA que fiz com minha equipe ano passado :)

















http://participatorio.juventude.gov.br/ 


A plataforma foi criada pelo Centro de Computação Científica e Software Livre da Universidade Federal do Paraná e usa o Software Livre, chamado Elgg (http://elgg.org). O Elgg foi pensado inicialmente como uma plataforma para Personal Learning Environment (PLE) na década passada, mas se firmou mesmo como um
ambiente que inspiraria as modernas redes sociais. Pouco usado em comparação com outros SLs (Wordpress, Moodle, etc...) ele tem como características a rápida implementação, grande quantidade de recursos em módulos bem integrados ao código principal (e de fácil desenvolvimento) e alta escalabilidade (isto é, pode atender um público enorme sem perder a estabilidade).
Vale a pena conhecer essa experiência colaborativa do Governo Federal e perceber como a população está se apropriando dos seus recursos. Além disso a filosofia do Elgg dá a liberdade de comunicação e organização tirando do meio do caminho a pedra do apelo comercial e conspiratório que o facebook carrega...

domingo, 4 de agosto de 2013

>> Que todos os olhares se voltem para:


à Amazônia que um dia foi das 
mas que ainda é parte de um país que sempre foi colonia e 
atualmente está mais uma vez sendo 
redescoberto/recolonizado pelo globalismo contra-terreste
por isso, 
mesmo que eu não quisesse,
torno-me Índia, Negra e Sem Terra...

sábado, 15 de outubro de 2011

AFICHE SOLIDARIO CON LXS PRISIONERXS POLÍTICXS EN COLOMBIA

La campaña Trasapasa los Muros comparte el Afiche Solidario con lxs Prisionerxs Políticxs apropósito de la conmemoración del 15 de octubre, solicitamos su difusion, reproducción y entrega a lxs Prisionerxs Políticxs en cada rincón del pais.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

MARCHA DA LIBERDADE EM PORTO ALEGRE

às 15h do dia 18 de junho, parque farroupilha


INCRÍVEL:veja o q o Bope,o Cabral,a Nextel ea Globo fizeram com os bombeiros!!!

Estive com os Bombeiros na Alerj e em Copacabana. Embora o comandante da PM tenha dito q a invasão do Bope foi um sucesso, pois ninguém se feriu, essa NÃO FOI A INTENÇÃO DO BOPE, COMO MOSTRA O VÍDEO DOS BOMBEIROS, QUE CRAVOU VÁRIOS TIROS NOS CARROS DOS BOMBEIROS ,onde havia muitas mulheres e crianças: http://www.youtube.com/watch?v=AxxhQF1K6h4&feature=player_embedded, http://www.sosguardavidas.com/p/covardia-fuzil-calibre-762-contra.html e http://www.youtube.com/watch?v=sP6tbAhQxi8&feature=player_embedded (que também cita as mentiras de Cabral sobre os salários dos bombeiros) (estão no site: http://www.sosguardavidas.com/).
Sabem porque o Batalhão de choque não invadiu o quartel dos bombeiros?? Porque se recusaram!!! Assim como vários policiais sensatos do Bope (que não é preparado para contenção de protestos de massa - isso é função do batalhão de cohque)!!, Mas outros deram tiros de fuzil com balas calibre 762 EM CIMA DOS BOMBEIROS E SUAS FAMÍLIAS!!! CONTRA MANGUEIRAS E CORNETAS (VER VIDEO)
Durante a passeata em Copacabana a Nextel cortou a comunicação dos bombeiros e a SMTU (Secretaria Municipal de Transportes urbanos estava multando os taxistas que tinham colocado fitas vermelhas em seus carros)!!! Isso é democracia??? Prefeito e governador contra o trabalhador!!! Os bombeiro ainda disseram que o Cabral, ao saber da passeata, disse o seguinte: "São só uns gatos pingados!! Deixa eles caminharem!! Caminhar faz bem pra Saúde!!"
E para completar, a GLOBO ANDA CITA MENTIROSAMENTE QUE OS BOMBEIROS IMPEDIRAM AS PASSAGENS DE VEÍCULOS NA AV. ATLÂNTICA!! (ver http://oglobo.globo.com/rio/fotogaleria/2011/14789/ - ver foto nº 6 e 4). A verdade é que nenhuma pista de veículos foi tomada (como mostra a própria foto 6): a pista usada foi a que já é fechada todo domingo!!!

Mendigos de Farda
Ó bombeiro, para onde vais com este teu dedo em riste na beira de estrada?
O que passa por esta cabeça enquanto aguarda que um cidadão se compadeça com teu sofrimento e lhe ofereça o banco do carona... uma prosa amigável.... ou um gole de café
Quem sabes ser um pouco de companhia ao caminhoneiro que esta longe de casa ou um breve interlocutor de uma conversa com o motorista das Casas Bahia.
Por que não entras pela porta da frente, como se um homem de bem fosse, pagas teu quinhão e assume seu lugar ao invés de, com um sorriso amarelo, entrar pela por de trás torcendo para não incomodar ninguém, como se fosse menos ser humano do que aqueles que podem prover os seu direitos.
Ó bombeiro, por que vendes aquilo que não tem preço, por que vendes aquilo que você não tem, em troca de favores miúdos dos quais você nem tem necessidade, cometendo seus pequenos crimes, que de tão corriqueiros nem pensamos mais ser crime, tentando retirar da farda o pouco orgulho que lhe resta.
Orgulho este que fica ali, na sarjeta, enquanto espera aquela pequena recompensa, por favorzinho ou outro que fazemos, como se cães de rua fossemos, ao olhar os apetitosos quitutes que dificilmente podes ter.
Ó bombeiro, porque não sentastes a mesa e com o orgulho de ser um herói, não pagaste por aquela refeição que tanto desejas ao invés de se contentar com os restos dos verdadeiros cidadãos?
Ó bombeiro, porque pedes esmolas aos outros, como se mendigo fosse, acreditando que lhes seremos eternamente gratos quando o socorro passar, ou pelo menos até a próxima peça quebrar.
Ó bombeiro, como me orgulho de ti.

SALÁRIOS BRUTOS DOS BOMBEIROS NO BRASIL:

01º - Brasília - R$ 4.129.73
02º - Sergipe – R$ 3.012.00
03º - Goiás – R$ 2.722.00
04º - Mato Grosso do Sul – R$ 2.176.00
05º – São Paulo – R$ 2.170.00
06º – Paraná – R$ 2.128,00 1
07º - Amapá – R$ 2.070.00
08º – Minas Gerais - R$ 2.041.00
09º - Maranhão– R$ 2.037.39
10º – Bahia – inicial - R$ 1.927.00
11º - Alagoas - R$ 1.818.56
12º - Rio Grande do Norte – R$ 1.815.00
13º - Espírito Santo – R$ 1.801.14
14º - Mato Grosso – R$ 1.779.00
15º - Santa Catarina – R$ 1.600.00
16º - Tocantins – R$ 1.572.00
17º - Amazonas – R$ 1.546.00
18º - Ceará – R$ 1.529,00
19º - Roraima – R$ 1.526.91
20º - Piauí – R$ 1.372.00
21º - Pernambuco – R$ 1.331.00
22º - Acre – R$ 1.299.81
23º - Paraíba – R$ 1.297.88
24º - Rondônia – R$ 1.251.00
25º - Pará – R$ 1.215,00
26º - Rio Grande do Sul – R$ 1.172.00
27º - Rio de Janeiro - R$ 1.031,38 (SEM VALE TRANSPORTE)
E os dos grupamentos marítimos ainda tẽm que comprar protetor solar e óculos escuro!!
O RIO DE JANEIRO É O ESTADO QUE MAIS RECEBE INVESTIMENTOS NO BRASIL, E O 2º QUE MAIS ARRECADA IMPOSTOS. PRETENDE, REPETINDO, PRETENDE SEDEAR O ROCK IN RIO, OLÍMPIADAS MILITARES, COPA DO MUNDO (2014) E OLIMPÍADA (2016).
HÁ ALGO DE ERRADO E PODRE NO REINADO DO DITADOR,
EXMO. SR. GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL FILHO.
(http://www.sosguardavidas.com/)

Concluindo, lembro que nossos queridos deputados estaduais, em dezembro, muitos portanto, legislando em causa própria, votaram o seguinte: (para valer a partir de janeiro desse ano): Aumento salarial deles próprios: de R$12.384,07 para: R$ 20.042,34 (o limite mais alto possível com relação ao salário de um deputado federal). Salário do Cabral:
de R$ 13.400 para R$ 17.200. Reajuste dos profissionais da educação e vários outros em 2011: ZERO!!!
Perguntados sobre a justificativa desse aumento, responderam que era por ter dinheiro no orçamento desse ano para isso. e PARA NÓS, NÃO TEM????

Henrique Barone

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Contra a Privatização dos Correios ato proposto pelo Quilombo dos Silva em PoA:

Apoio totalmente, a mobilização do Sindicato dos correios e estarei presente. A única observação ´no anexo, é direcionarem a um único partido a atual realidade que começo antes do atual, bem antes. Não citar a oposição é dar armas para quem tb apoio a privatização.

O Sindicato dos Correios da apóia direto ao Quilombo dos Silva e outras causas sociais. Nos do Quilombo dos Silva, somos agradecidos e sempre estaremos apoiando , pedindo compreensão. Os Correios e Telégrafos são a cidade, são a verdade em vários sentidos sociais. As mulheres são realidade nos correios ,quebrando paradigmas. Existe 30.000 vagas abertas, no país, as quais fecham a cada licitação impugnada com apoio, obviamente, do governo.
As terceirizações, atrasam ou não entregam as correspondências, muitas vezes, para culpar os funcionários e a atual administração, motivando assim a privatização.
Porto Alegre precisa do seu apoio, tb.

O ODOMODE estará junto com o QUILOMBO DOS SILVA presente, DIA 19/04 apoiando o Sindicato dos Correios. Infelizmente, mesmo sendo de total interesse da cidade, não acredito que o Orçamento Participativo, apoiará.

19 DE ABRIL/2011 AS 18:00 SIQUEIRA CAMPOS 1100

sexta-feira, 1 de abril de 2011

CRIMETHINC NO RIO - 30/04 e 01/05

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: CASA Espaço Auto-Gerido <espacocasarj@gmail.com>

Crimethinc. é um coletivo que surgiu nos EUA em meados dos anos 90 com a
ideia de divulgar ideias e táticas para construir um mundo mais livre e
divertido. Seu primeiro livro Dias de Guerra, Noites de Amor, de 2000, foi
um grande marco no meio das ideias e movimentos anárquicos de todo o mundo e
uma das obras mais importantes produzidas por anarquistas nessa virada de
século.

A obra acaba de ser traduzida para o português pela editora Deriva e nesse
ano de 2011 o Você Tem Que Desistir, coletivo de São Paulo, traz membrxs da
Crimethinc. para uma pequena tour pelo Brasil onde elxs apresentarão mais de
uma dezena de atividades diferentes, entre oficinas, palestras e outras
apresentações. Nessa minitour, a CrimethInc passa pelo Rio nos dias 30/04 e
01/05, com eventos no Espaço CASA e no Outro Espaço.

Para saber mais sobre a Crimethinc.:
www.crimethinc.com

Para saber mais sobre a tour:
http://vocetemquedesistir.org/

Para saber mais sobre a CASA:
http://casa-rio.blogspot.com

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Massa Crítica de Porto Alegre sobre atropelamento - feb 2011



http://www.youtube.com/watch?v=PTiGH_H959o

*visando a tornar a escrita algo que contemple näo somente o gênero masculino ou o feminino, ao referir-se a pessoas de gêneros distintos com uma mesma palavra, será quando possível, utilizado o x no lugar de "a", "o", "e", e aí por diante, como em "xs ciclistas" ou "todxs".

Massa Crítica sofre atropelamento

26 de Fevereiro de 2011

nós da ação anti sexista temos participado ativamente da massa crítica aqui em porto alegre. ontem em mais uma bicicletada presenciamos com todxs companheirxs de Massa uma situação absurda e que exige mudança comportamental e cultural da população com relação axs ciclistas, ao trânsito e da reflexão do que vem a ser uma cidade. a cidade não é dos carros! é das pessoas!

umx de nós escreveu este relato que segue abaixo, enviado a sua família e que achamos pertinente divulgá-lo para compreensão do ocorrido, como informativo. apenas um dos pontos de vista que mostra detalhes da brutalidade sentida, vivida por essas pessoas. No blog da massa critica há vários outros relatos, videos e informações complementares, não deixem de checar.

Ontem aconteceu como sempre acontece na ultima sexta-feira do mês a Massa Crítica, que é uma manifestação que acontece no mundo todo que consiste dxs ciclistas buscarem espaço no transito, fazerem entender que SÃO PARTE do transito. A bicicleta é uma alternativa auto sustentável, ecológica e barata de transporte, além de ser usada e mais comumente associada a passeio e lazer.

Mas o que aconteceu ontem foi fora de qualquer expectativa que pudéssemos ter. Um motorista/assassino atropelou o nosso grupo de ciclistas. Foi assustador o que aconteceu, e eu no momento não entendia o que se passava, pois se ouviam gritos e barulho de pessoas caindo no chão, barulho de corpos no capô, para brisa, no asfalto, em fim. Se via pernas no ar, capacetes, bicicletas, braços, tudo misturado juntamente com partes do carro (para choque talvez, espelhinhos…). Tudo voando e fazendo barulho. Um filme de terror.

Nós estamos bem. Mas estávamos lá, eu o N* e o I*. E gente, nunca vou conseguir descrever o que senti, o que vi. Eu fiquei num choque tão grande que ao mesmo tempo que eu queria ver o Natã e o Igor eu não queria ver se caso isso fosse implicar em vê-los estirados no chão…pra não dizer tudo o mais que me passou por um segundo na minha cabeça.

Queria só que vocês ficassem do nosso lado incondicionalmente se possível. Não por sermos família. Eu digo em relação a todo nosso grupo de ciclistas que é composto por pessoas de todas idades e há uma diversidade enorme no grupo. O grupo é aberto, cada sexta chegam novas pessoas. Não é um grupo de atletas e não é um grupo de jovens. Tem criança que participa pedalando e crianças naqueles banquinhos de bicicleta, crianças pequenas. Tem muitos adultos nos seus 30, 40, 50 anos e tem senhores e senhoras nos seus 70 anos. É muito diverso o grupo. Tem gente que usa a bicicleta como transporte, outros como passeio, mas todxs estão ali para celebrar o pedal, mostrar para a população uma alternativa de transporte/mobilidade não poluente, mais autônoma e barata.

Só que já pela Internet podemos perceber uma distorção dos acontecimentos e é isso que me preocupa. Por exemplo, uma das coisas que a policia e a EPTC começam a dizer é que tínhamos que ter avisado a EPTC do evento. E que a falta deste aviso torna a MC irregular. Primeiro não é um evento que tem que ser avisado. É justamente uma manifestação que tem como objetivo buscar a conscientização dxs motoristas sem que estxs precisem de aparato repressor para compreenderem que temos o direito de estarmos ali. Quando falo em aparato repressor, por favor não pensem que é radical. Mas se uma pessoa que dirige um carro não respeita uma ou mais pessoas que estão de bicicleta e precisa de policia ou fiscalização para respeitar, isso caracteriza que ela precisa ser supervisionada, repreendida para agir com educação e respeito. A nossa idéia é a de que motoristas e ciclistas compartilhem o transito. Existe escolta da EPTC para carros? Não. E para quando a gente está pedalando no nosso diário também não vamos pedir escolta, o que queremos é espaço e respeito a isso.

Este cara que nos atropelou passou do limite do que uma pessoa pode fazer numa situação de stress. Ele passou por cima. Ponto. E continuou acelerando mesmo ao ver pessoas no seu capô, e caídas no chão. Ele arrastou uma mulher pelo capô por vários metros e fugiu com a bicicleta dela (acredito eu) presa no carro dele!

Eu acho também, percebo, que essas declarações da EPTC de que não foram avisados, e caracterizando a MC como "irregular"são já imaginando uma possível ação movida contra a prefeitura. E que usam isso já como argumento de defesa. Só que isto ofusca a questão principal, a atitude do motorista, que não pode em hipótese alguma ser justificada.

Então peço a vocês muito cuidado ao lerem, e ao que refletirem. Porque somos constantemente influenciadxs pelos meios de informação que distorcem os fatos pelo interesse de algunxs. Seja da industria do carro, ou da prefeitura e do estado.

É muito grave o que aconteceu.

Queria só também informar que bloqueamos sim a via. Porque éramos muitxs. Mas isso sempre acontece e não dura muito mais que 2 minutos de espera para um carro que aguarda, que na próxima quadra vai se ver livre de nós, pois estamos também em movimento, pedalando. X motorista só precisa ter um pouco de tolerância e esperar que o fluxo logo continuará. Acreditar que estamos atrapalhando o trânsito é um erro. Tudo atrapalha o transito. Um ônibus que pifou, um cachorro que atravessou, uma chuva que alaga a rua um carro estragado no meio da avenida. A própria quantidade de carros! E o que alguém quando dirige faz? Desvia, espera, pode até dizer "que saco!" Mas a gente não passa por cima de pessoas. E isso é muito importante também de ser aprofundado. Se fosse um ônibus parado na frente deste carro, deste motorista, ele teria se jogado contra este ônibus?
Então a gente vê que ele calculou que não teria dano nenhum a ele, e que os danos ficariam "apenas" naquelas pessoas TODAS que estavam ali. Com nossos corpos como para choques e nossas mentes e espíritos totalmente agora traumatizados. Para sempre.

E mais uma coisa. Eu vi que eu não estava preparada pra aquilo. Eu entrei em choque. Eu não sei o que aconteceu por alguns minutos, eu não me lembro. A minha bicicleta não estava mais comigo num segundo momento. Eu não sei se eu joguei a bicicleta ou se eu pulei dela. Eu sei que tinham umas pessoas envolta de mim, que alguém me trouxe uma água e que me diziam para eu me acalmar. Eu vi que eu estava então sentada na frente da farmácia que fica na calçada do local do atropelamento. Eu olhei de novo para cena e não consegui continuar olhando…eu baixei a cabeça com medo, com pavor do que eu ainda mais podia ver e saber. Eu lembro que uma amiga veio e tentava me acalmar e eu apertei ela tanto, mais tanto, que minhas mãos doeram e imagino que a machuquei. Mas eu a apertei porque "aquilo" era o que eu podia tocar e ver que era real, não sei como explicar, uma busca momentânea por alguma coisa sã em meio aquele caos. E então uma mulher desconhecida chegou bem perto do meu rosto e disse assim: "Se acalma, tem gente que precisa de ti". E foi só aí que eu percebi que essa era a verdade. E eu admiro muito quem conseguiu agir naquele momento, quem conseguiu ajudar xs que tinham sido abatidxs. E vi meu total despreparo para o que aconteceu que eu comparo como se tivesse caído uma bomba sobre nós, como se estivéssemos numa guerra. Atingidxs pelo inimigo. E como isso é simbólico. Vivemos no transito uma verdadeira guerra.

A minha angustia crescia e meu medo era latente. Então meu filho apareceu, acho que reconheci primeiro uma voz! "N*!" pensei, ele está bem, ele está vivo! E então as coisas foram tomando forma para mim…

E como que daquele escombro de medo, pavor e angústia eu comecei junto a outrxs a dialogar com a polícia, xs fiscais do trânsito, xs transeuntes, numa busca por justiça, por informar da melhor maneira possível o que eu havia testemunhado. A polícia apareceu com armas e foi assustador. Fui dialogar com elxs, me disseram que era para nos proteger! Então eu disse "mas as armas estão viradas para nós!!!". E pedi com urgência que elxs desviassem as armas pois já tinhamos sofrido o bastante. Que nós éramos as vítimas.

Eu vi muitos rostos conhecidos, amigxs caídos, sangrando, sendo levadxs pela ambulância…ouvi relatos, pessoas chorando, uma de nós dizia que sua mãe estava ali pela primeira vez e que foi uma das atropeladas…que estava no hospital. Muito triste.

E por fim, li nos jornais uma especulação de que nós, xs ciclistas tínhamos ido pra cima do carro e causado o acidente. Isso é a mais absurda mentira. E a mais absurda incoerência física. Não foi um acidente. Foi uma tentativa de homicídio. Como um franco atirador que usa sua arma, Ricardo José Neif utilizou o seu carro como uma arma atirando-o contra as pessoas. E por isso a pessoa que está dirigindo um carro tem que ter consciência do potencial da máquina. O potencial de Ricardo José de ferir as pessoas se ele tivesse a pé, ou com seu corpo seria totalmente outro.

ação anti sexista



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

POLÍCIA TENTA PARAR APRESENTAÇÃO DO LEVANTA FAVELA NA ESQUINA "DEMOCRÁTICA"



POLÍCIA TENTA PARAR APRESENTAÇÃO DO LEVANTA FAVELA NA ESQUINA "DEMOCRÁTI...



 No dia 16 de Outubro de 2010 a Esquina "Democrática" voltou a ser palco de embate. A Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA... apresentava sua montagem de Teatro de Rua Árvore em Fogo quando vários soldados da Brigada Militar tentaram interromper a apresentação abaixo de ameaças de prisão e de gritos para intimidar os atores. Nós da Cambada ,em um verdadeiro ato de resistência, levamos a apresentação até o final. Foi quando nos vimos detidos (inclusive uma criança de 11 anos que participa da peça), não poderíamos deixar o local nem poderíamos levar nosso material cênico, caso não nos identificássemos. Fomos levados a delegacia quando ,por sorte, um pedestre se identificou como advogado e nos acompanhou, não sabemos o que seria dentro da delegacia cercados por vários policiais sem este advogado que apenas passava e resolveu não ficar calado diante de tão absurda atitude dos soldados. Um deles argumentou que um dos motivos que os fizeram tentar parar a peça foi o que "algumas pessoas não estavam gostando".



Depois de algum tempo de discussão dentro da delegacia, fomos identificados e liberados. Esta intervenção da Brigada Militar desrespeita o Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 que diz:






"É LIVRE A EXPRESSÃO DA ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E DE COMUNICAÇÃO INDEPENDENTEMENTE DE CENSURA OU LICENÇA"

Este foi mais um ato estúpido, inexplicavel e inconstitucional da polícia.


Árvore em Fogo é um alerta para a necessidade de Liberdade. Junto com Brecht a Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA...afirma:
DE HOJE EM DIANTE TEMEREMOS MAIS A MISÉRIA QUE A MORTE!!

Comunicado Utopia e Luta

SEGURANÇA PRA QUEM?

No dia de ontem 15/12/2010. 16hs: Após quase trinta minutos de vigia e cerco às redondezas da comunidade Utopia e Luta, nos altos do Viaduto da Borges, um operativo policial com motos e serviço de inteligência (Policial a paisana registrando a ação com filmadora), irrompem derrepente nas portas de nossa comunidade, assustando as crianças que ali brincavam e abordando aos companheiros que trabalhavam e ora tomavam chimarrão no local, obrigando-os a botar as mãos na cabeça para após serem revistados grosseiramente mediante solicitação de identificação (documentos oficiais, identidades), sempre em atitude intimidatória, criminalizante e com ares de superioridade hierárquica. Perguntados sobre a finalidade do procedimento, a resposta obtida dos policiais foi à seguinte: “Apenas um Cara Crachá de rotina”.

Após a intimidação pública, a reflexão sobre esta atitude nos faz indagar: O viaduto Otavio Rocha, com seus quatro passeios públicos, por que somente o acesso da comunidade Utopia e Luta tornou-se o alvo da ação policial. Estas ações repreensivas, também são “rotina” em bairros nobres e em outros condomínios em que seus ocupantes têm maior poder aquisitivo. As imagens captadas pelo efetivo policial não deveriam vir com algum pedido de uso legal da imagem às pessoas abordadas. Quanto o deboche do “Cara Crachá”, não estará o servidor público do estado invertendo papeis, pois funcionário do estado seria ele, que não mostrou identificação nenhuma.

Segundo os PM esse "camera mam" seria da RECORD....Onde estava a identificação.


No proximo governo essa será a postura da BM????

Basta de Repressão e criminalização a Luta Popular!

Prefeitura expulsa artistas de rua da av. Paulista; para jurista, proibição é "ato nazista"

Diego Salmen
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Avenida mais famosa da cidade de São Paulo, a Paulista é conhecida por ser o centro financeiro da capital, e também por ser um tradicional reduto de artistas de rua. Esse cenário, porém, vem mudando. Enquanto os prédios de empresas e bancos permanecem na paisagem, a classe artística  vem minguando no local com a chegada da Operação Delegada, iniciada em dezembro do ano passado pela Polícia Militar, após a assinatura de um convênio com a prefeitura paulistana e o governo do Estado.

Estátuas vivas, palhaços, saxofonistas, guitarristas e malabaristas: todos eles agora estão sujeitos à ação policial, cujo objetivo principal é coibir e enquadrar o comércio ambulante ilegal nas principais vias do município. Para o jurista Luiz Flávio Gomes, a ação é um "ato nazista". "A atividade deles é lícita. Expressão artística você pode fazer quando quiser. Eles serem proibidos é uma ilegalidade, um abuso patente", diz. "Se houver prisão então é crime: abuso de autoridade", afirma.
O UOL Notícias caminhou pela avenida durante uma hora na última sexta-feira (19), e não encontrou nenhum dos artistas de rua no trecho mais movimentado da via, entre as estações Consolação e Brigadeiro do metrô.  "Não tem autorização, não fica", disse um policial ouvido pela reportagem.
Gomes afirma que a atividade não é comercial. "É uma atividade que gera remuneração livre das pessoas que decidem se vão doar ou não", argumenta. "É uma mera doação, e doação para serviço não é atividade comercial."
Para reforçar a Operação Delegada, a polícia conta com a ajuda de policiais de folga. Se o PM interessado for praça, recebe R$ 12,33 por hora trabalhada na operação; se for oficial, a remuneração extra é de R$ 16,45 por hora. Antes, apenas guardas civis metropolitanos podiam realizar esse tipo de fiscalização.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

comunidade do metrô --- somos nós a midia, seja tu a informação


Hoje, 26 de outubro de 2010, na Comunidade do Metrô, localizada entre a UERJ e a Vila Olímpica da mangueira, por volta das 8:30 da manha começou a concentração de pessoas de diversos movimentos populares e lutas sociais. Moradores da Vila Autódromo, Vila Harmonia, Restinga da Marambaia, Pastoral das favelas, MST, FIST, Ocupação Quilombo das Guerreiras, Ocupação Zumbi dos Palmares, Rede Contra a Violência, Agricultores de Madureira e tantos outros grupos e indivíduos com um único objetivo de oferecer solidariedade política e pessoal e fortalecer o ato de resistência e permanência da Comunidade do Metrô. Oitenta e cinco lares, todo o comércio local, centenas de famílias e incontáveis histórias de vida estão sendo ameaçada de remoção e destruição para que no local seja construído um estacionamento de carros.

   A passeata seguiu desde a comunidade do metrô até a prefeitura, passando pela UERJ, Maracanã, Ocupação dos Tamoios, no antigo museu do índio, que também esta ameaçada de remoção. Ao chegar na Praça da Bandeira, foi notado que os manifestantes estavam sendo seguidos por um carro branco desconhecido, onde duas pessoas no seu interior faziam gestos obscenos e de desrespeito as pessoas presentes. Participantes do ato resolveram fotografar o carro e foram severamente reprimidos por duas pessoas que se diziam policiais, e exigiam a entrega do celular e documentos da pessoa que havia fotografado a placa do carro. Com esta atitude dos policiais a paisana iniciou-se uma confusão generalizada com direito a gás de pimenta solto de forma irresponsável pela polícia. Imaginamos que se não fosse a presença de vários profissionais da imprensa livre, inibindo a atitude policial, haveria um massacre com os vários moradores de comunidades ali presentes, e exercendo o seu legitimo direito de manifestação.

   O ato voltou ao seu percurso até a prefeitura onde os manifestantes foram recebidos por portões fechados e guardas municipais em prontidão. Eles não sabiam que os manifestantes estavam ali pacificamente, um dirigente da guarda perguntou se seria formada uma comissão de diálogo para falar com o prefeito, tendo obtido como resposta das pessoas que ninguém tinha a intenção de conversar com o prefeito, que estavam ali para mostrar a insatisfação com as ações truculentas do Estado, com as remoções das comunidades de baixa renda sob alegação da construção das obras para a Copa do Mundo e das Olimpíadas. Vemos se repetir a mesma mentira do Panamericano de 2007, onde se gastou 5 bilhões de reais e a população não viu nenhum benefício.


Contra o Estado fascista e antidemocrático, todo apoio a resistência popular!!



terça-feira, 6 de julho de 2010

Espaço Ay Carmela! - Espaço autônomo procura doadores/as mensais

  O Espaço Ay Carmela! está a procura de colaboradores/as, doadores/as
mensais
e grupos que estejam a fim de construir um projeto bacana e
anti-capitalista, seja doando parte do seu tempo livre ou algum dinheiro
para manter o espaço aberto e funcionando.

Participam atualmente do Ay! o Fórum Centro Vivo, Movimento Passe Livre,
Centro de Mídia Independente, e a OPA dentre alguns outros coletivos /
grupos de estudos que realizam suas reuniões no espaço, além de
indivíduos que apóiam e dedicam grande parte do seu tempo livre há
manter o espaço.

O prédio onde estamos é muito grande, com 3 andares, é alugado e temos
uma despesa mensal geral que gira em torno de R$2.000,00 o que pode
parecer muito, mas não é se contextualizarmos a região na qual estamos
inseridos/as - centro de São Paulo.

Durante esses quase dois anos, contamos apenas com doações voluntárias,
dos grupos utilizam o espaço e dos/as amigos que acreditam na
importância de um espaço como o Ay para uma cidade como a nossa, e da
organização de eventos para arrecadar o dinheiro necessário para manter
o Espaço.

Estamos aos poucos criando uma estrutura legal: já temos o cyber-café,
projetor e materiais pra diversos tipos de oficina, além da biblioteca,
que atualmente está em fase de organização, temos uma agenda[1] com
eventos sendo realizados quase toda semana, além dos famosos almoços no
último domingo do mês    :)

Porém a militância nos nossos grupos e as muitas contas a pagar às vezes
nos deixam sem tempo pra fazer tudo aquilo que gostaríamos com o espaço,
e por isso chamamos vocês   ;)   para colaborar com continuidade do Espaço Ay
Carmela!

Nó precisamos de doações mensais, ou esporádicas que nos ajudem a pagar
as contas e nos dê mais tempo para pensar no projeto político que
sonhamos em desenvolver neste Espaço.

A conta do Espaço para doações é na Caixa Econômica Federal - Ag:4070
Op:013 C.Poupança:00012424-3, ela está em nome de Eric ou Daniel, os
depósitos
também podem se feitos em qualquer Casa Lotérica ou pessoalmente para
qualquer pessoa do Coletivo Gestor do Espaço, também retiramos doações
em casa    :)

Como sabemos que a correria da vida cotidiana é grande, e que esta por vezes
nos faz esquecer de muitas coisas, nós podemos te lembrar mensalmente sobre
a doação para o Ay!

Qualquer quantia é muito bem vinda e será muito bem utilizada   ;)

Aceitamos também doações de materiais diversos, como: materiais de
limpeza, materiais para oficinas, fogão industrial pequeno, cadeiras,
mesas, galões de água, tintas e materiais para manutenção do espaço físico.

Qualquer dúvida escreva para ay-carmela@riseup.net ou apareceça em uma
de nossas atividades.

Estamos sempre abertos/as para receber eventos, e sempre precisamos
daquela mãozinha na elaboração dos almoços   ;)

Existem também outros espaços autônomos muito legais, onde apoio sempre
é bem vindo: CICAS - http://projetocicas.blogspot.com/ e Ativismo ABC -
www.ativismoabc.org

Aquele abraço,
Coletivo Gestor Ay Carmela!

sábado, 26 de junho de 2010

Os mais ricos do Brasil vão ter que dividir o queijo

FORTUNAS TAXADAS
 
Já prevista na Constituição, a criação de um imposto sobre grandes fortunas foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. A ideia é estabelecer uma tabela progressiva, de acordo com a riqueza: para o patrimônio de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões, a taxação será de 1%. Entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, ela será de 2%. De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões, de 3%. De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões, de 4%; e de 5% para fortunas superiores a R$ 50 milhões. Os dez mais ricos do país serão todos taxados em 5%, se o projeto vingar.
 
Os dez mais ricos do país
 
1- Eike Batista – (Grupo EBX)
2 – Joseph  Safra – (Banco Safra)
3 - Jorge Paulo Lemann – (GP Investimentos)
4 - Aloysio de Andrade Faria – (Banco Alfa)
5 – Dorothea Steinbruck – (CSN)
6 – Antonio Ermirio de Moraes – (Votorantin)
7 – Marcel Herman Telles – (InBev)
8 – Moise Safra – (Banco Safra)
9 – Carlos Alberto Sicupira – (Inbev)
10 –  Abilio dos Santos Diniz (Grupo Pão de Açúcar)
 
Fortuna estimada em 2009 (em R$*)
 
1 - R$ 13,8 bilhões
2 - R$ 12,9 bilhões
3 - R$ 9,7 bilhões
4 - R$ 5,7 bilhões
5 - R$ 5,5 bilhões 
6 - R$ 5,1 bilhões
7 - R$ 4,4 bilhões
8 - R$ 3,9 bilhões
9 - R$ 3,9 bilhões
10 - R$ 2,7 bilhões
 
Valor que seria recolhido com o imposto (alíquota de 5% que incide sobre a fortuna)
 
1 - R$ 690 milhões
2 - R$ 645 milhões
3 - R$ 485 milhões
4 - R$ 325 milhões
5 - R$ 275 milhões
6 - R$ 255 milhões
7 - R$ 220 milhões
8 - R$ 195 milhões
9 - R$ 195 milhões
10 - R$ 135 milhões
 
Soma da arrecadação entre os dez mais ricos - R$ 3,42 bilhões
 
- A quantia representa toda a receita do estado do Mato Grosso (MT) no primeiro quadrimestre de 2010.
 
- O valor também é o mesmo arrecadado pela rede Mc Donald's no Brasil durante o ano de 2009
 
- A Infraero deixou de investir esse valor na melhoria de aeroportos nos últimos seis anos, segundo estudo do Ipea.
 
O que daria para pagar?
 
Eike Batista
 
- Pagaria toda a reforma do estádio do Maracanã para a Copa de 2014 (R$ 600 milhões) e custearia todo o trabalho de contenção de encostas e prevenção contra chuvas da cidade do Rio (R$ 90 milhões).
 
Joseph Safra
 
- Com o imposto recolhido, seria possível bancar todo o Plano Safra de Agricultura Familiar para 2010-2011 (R$ 600 milhões) e ainda sobraria R$ 45 milhões para financiar os 21 editais anunciados este ano pelo Ministério da Cultura.
 
Jorge Paulo Lemann
 
- Daria para financiar todas as ações previstas no Plano Nacional de Combate ao Crack (R$ 400 milhões) e poderia ter coberto todos os custos da proposta que deu ao Rio a chance de sediar as Olimpíadas de 2016 (R$ 85 milhões).
 
Aloysio de Andrade Faria
 
- O dinheiro poderia ser investido na construção de 880 postos de saúde (R$ 225,4 milhões) os outros R$ 99,6 milhões bancariam todos os investimentos do Ministério do Turismo no estado do Ceará feitos em 2009.
 
Dorothea Steinbruck
 
- Poderia bancar o programa de investimentos da Prefeitura do Rio que prevê a macrodrenagem da Praça da Bandeira (R$ 270 milhões) e ainda pagaria os R$ 5 milhões previstos para a reestruturação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
 
Antonio Ermírio de Moraes
 
- Custearia o incentivo e reforço da atenção básica na Saúde para o combate à gripe suína (assistência ambulatorial e hospitalar especializada), orçado pelo ministério em R$ 255 milhões.
 
Marcel Herman Telles
 
- R$ 215 milhões recolhidos poderiam bancar toda a reforma do Engenhão para as Olimpíadas. Os demais R$ 5 milhões financiariam um edital de fomento à pesquisa e inovação da Faperj.
 
Moise Safra
 
- Quitaria todo custo programado pelo Ministério da Educação para a merenda escolar em 2010 (R$ 195 milhões).
 
Carlos Alberto Sicupira
 
- Com o dinheiro recolhido em um ano, seria possível custear a manutenção das ambulâncias do Samu que circulam no Estado do Rio por dois anos seguidos (R$ 97,5 milhões por ano).
 
Abílio dos Santos Diniz
 
- Financiaria as ações anunciadas do governo brasileiro para reconstruir o sistema de saúde do Haiti (R$ 135 milhões)
 
*convertido do dólar americano na cotação de 09/06/2010.
 
Fontes: Forbes, Câmara dos Deputados, Governo Federal, Governo do Estado e Prefeitura do Rio.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Assembleia popular em defesa das comunidades quilombolas em PoA

Convocação importante!

Assembleia Popular
com a seguinte pauta:

Resistência , Estrutura e Mobilização em defesa do Decreto 4887/2003; e em torno da ADI-3239 do DEM e pela Titulação Imediata das Terras de Quilombo. Local: Quilombo da Família Silva - Porto Alegre- Rua João Caetano nº 1140 às 19h do dia 16.06.2010, próxima quarta-feira.

Companheiros(as) do Movimento Negro e Social, bem como do Movimento Nacional em Defesa e Sustentabilidade dos Territórios Quilombolas, estamos presenciando o recrudescimento dos ataques às Comunidades Quilombolas em todo País na iminência do julgamento da ADI-3239 do DEM, contra o Decreto 4887/2003.

Ao mesmo tempo, os movimentos para responder a esses ataques tem sido no mínimo tímidos, para não dizer inertes e ineficientes considerando os interesses em jogo.
As informações sobre a pauta de julgamento da ADI no STF estão extremamente truncadas e não são socializadas e até o presente momento as entidades e organizações do movimento social e negro se limitaram a manifestações virtuais e petições, como as referentes à necessidade de Audiência Pública antes do julgamento da ADI 3239 que estão sendo olímpicamente desconsideradas pelo próprio STF.

Não existe espaço para acreditarmos que poderemos ter uma Vitória no STF, simplesmente, pelas brilhantes argumentações presentes nos Amicus Curiae distribuídos, ou de reuniôes em "petit comite" com alguns interlocutores escolhidos a dedo pelos entes institucionais com responsabilidade sobre a matéria, na medida em que se não houver mobilização estaremos caminhando para a derrota.

Por isso, a Associação Quilombo da Família Silva, Associação Quilombola dos Alpes, Gt-Quilombola do MNU-RS, ASSOCIAÇÃO QUILOMBOLA ROSA OSÓRIO MARQUES (QUILOMBO DE MORRO ALTO), REDE QUILOMBOS DO SUL, com seu protagonismo na LUTA DE RESISTÊNCIA QUILOMBOLA que culminou com a criação do Movimento Nacional em Defesa da Titulação e Sustentabilidade dos Territórios Quilombolas no FSM-2010 vem convocar a todos(as) a se somar a resistência contra a retirada de Direitos na construção da mobilização em torno da defesa do Decreto 4887/2003.

Nesse sentido convocamos para:
1- Assembleia Popular com a seguinte Pauta:
Resistência , Estrutura e Mobilização em defesa do Decreto 4887/2003; e em torno da ADI-3239 do DEM e pela Titulação Imediata das Terras de Quilombo.Mobilização e agenda.
Local: Quilombo da Família Silva - Porto Alegre- Rua João Caetano nº 1140 às 19h do dia 16.06.2010.


A HORA É VER O QUE CADA UM VAI PODER FAZER OBJETIVAMENTE PARA, A PARTIR DE SEU LUGAR , CONTRIBUIR PARA A MOBILIZAÇÃO.

Assinam esta carta,
Damiã Braga - AQUIPEDRA, AQUILERJ, Militante de base do MNU-RJ
Lorivaldino Silva - Quilombo da Família Silva - Membro do GT- Quilombola do MNU-RS
Wilson Rosa- Quilombola de Morro Alto RS- Membro de GT- Quilombola MNU-RS.
Davison- Quilombola dos Alpes - Membro do GT-Quilombola do MNU-RS
GT- Quilombola MNU-RS
REDE QUILOMBOS DO SUL

Jefferson

segunda-feira, 5 de abril de 2010

"Movimentos sociais são arquitetos de uma nova ordem jurídica"

5 de abril de 2010

Da Carta Capital

Professor da American University (EUA), Miguel Carter pesquisa há quase duas décadas os conflitos fundiários e a luta pela terra no Brasil. Nascido no México e criado no Paraguai, o cientista político percorreu mais de 160 mil quilômetros a bordo de um fusca preto pelos rincões do Brasil desde 1987, quando, ainda estudante, decidiu desbravar o interior com um mochilão nas costas. No início dos anos 90, já com uma bolsa de estudos da Columbia University, voltaria à rotina de viagens pelo País, desta vez com uma proposta de pesquisa mais elaborada, dedicada a lançar luzes sobre a questão fundiária brasileira.

O pesquisador acaba de lançar um livro sobre o tema, Combatendo a Desigualdade Social – O MST e a reforma agrária no Brasil (Editora Unesp, 564 págs., R$ 65). Trata-se de uma coletânea de artigos escritos por renomados pesquisadores de universidades brasileiras, europeias e dos Estados Unidos, um trabalho que tem sido coordenado e organizado por Carter desde 2003.

Na obra, Carter destaca a importância da reforma agrária para reduzir as desigualdades sociais e defende a necessidade- de o Estado investir em políticas de redistribuição de renda. “Os estudos compravam que, quando temos uma situação de extrema desigualdade, isso atrapalha o desenvolvimento econômico.”

CartaCapital: No Brasil, há quem defenda que o País precisa crescer antes de repartir suas riquezas. O senhor defende o inverso. Por quê?

Miguel Carter: O Banco Mundial e o Bando Interamericano de Desenvolvimento (BID) têm feito estudos importantes, inclusive com avaliações econométricas, comprovando que, quando temos uma situação de extrema desigualdade, isso atrapalha o desenvolvimento econômico. Quem não tem acesso ao crédito, à terra e à educação não tem condições de produzir nem consumir, e isso impede o PIB de crescer. Nancy Birdsall, do Center for Global Development, comparou o desempenho da economia brasileira com o da Coreia do Sul, país que, após a Segunda Guerra Mundial, promoveu uma reforma agrária radical. E, ao fazer uma simulação, constatou que a economia brasileira teria crescido 17,2% mais entre 1960 e 1985 se tivesse os níveis sul-coreanos de igualdade social. A disparidade de renda custou ao Brasil ao menos 0,66% do PIB todos os anos.

CC: O que há de errado com o modelo de desenvolvimento?

MC: A questão central é o tipo de crescimento que estamos promovendo. De acordo com um relatório do Banco Mundial, o Brasil poderia reduzir a pobreza pela metade em dez anos com um crescimento de 3% e uma melhora do coeficiente Gini (indicador de desigualdade) de 5%. No entanto, o País levaria 30 anos para cumprir esse objetivo com os mesmos 3% de crescimento e nenhuma melhora na distribuição de renda.

CC: A reforma agrária é, de fato, capaz de reduzir as disparidades sociais?

MC: Ela é fundamental. Não é o único instrumento. Tem vários outros, como política salarial, de previdência, educação... É o conjunto dessas políticas que pode mudar o quadro de extrema desigualdade. O Brasil melhorou a distribuição de renda, mas ainda é o décimo país mais desigual do mundo. A reforma agrária pode contribuir para a redistribuição das riquezas, além de evitar o êxodo rural e estimular o desenvolvimento local. O Brasil poderia seguir o exemplo de diversos países asiáticos, que há décadas fixaram limites para o tamanho da propriedade rural. Na Coreia do Sul, é de 3 hectares. No Japão, varia de 1 a 10 hectares, conforme o acesso à irrigação.

CC: A que se deve o atraso brasileiro em promover uma ampla reforma agrária?

MC: O principal fator é o poder que tem a elite agrária no Brasil. Desde o tempo de Colônia, é um setor muito forte. Joaquim Nabuco e outros liberais já falavam em reforma agrária na época do Império, mas essa discussão sempre foi barrada. Getúlio Vargas, na década de 30, deu direitos aos trabalhadores urbanos, mas nem sequer permitiu a legalização dos sindicatos rurais. A classe camponesa foi a mais marginalizada e a que sofreu as piores repressões, nos diversos momentos autoritários.

CC: De que forma o governo favoreceu a elite agrária?

MC: No regime militar, o governo decidiu investir no fortalecimento e na modernização da agricultura, com uma grande carga de subsídios. Até hoje o volume de gastos estatais com o chamado agronegócio é muito superior ao pago à agricultura familiar. Estima-se a existência de 22 mil grandes proprietários que receberam, entre 1995 e 2005, algo em torno de 58,2 bilhões de dólares do governo federal. Ao passo que mais de 6,1 milhões de camponeses receberam apenas 10,2 bilhões no mesmo período. Essa política de forte estímulo à agricultura empresarial, em detrimento dos pequenos produtores, é fruto da ditadura.

CC: O que explica o surgimento de um movimento como o MST nesse cenário desfavorável?

MC: Após a redemocratização do País, criou-se um espaço para reivindicações, com maior liberdade de associação. É nesse contexto que surgem os movimentos sociais. No campo, o MST é o maior deles, o mais reconhecido. Mas a reforma agrária promovida nos últimos anos foi conservadora. Houve alguma redistribuição de terra, mas sempre após longos processos burocráticos e de forma residual. Não se redistribui terra pensando em mudar a estrutura agrária. E quase sempre isso ocorre em locais que não são de interesse da elite. Em áreas afastadas, na Amazônia, ou em pastagens não muito valorizadas.

CC: O que garantiu o êxito do MST?

MC: O MST decidiu bem cedo criar um movimento nacional, com dinâmica de mobilização de massas. E conseguiu isso com um êxito sem precedentes na história do Brasil. Juntar 12 mil pessoas, em 17 dias, para uma marcha pelo País em 2005, é uma coisa inédita não apenas na história brasileira como do mundo inteiro. Além disso, o MST criou importantes estratégias. Articulou-se em rede, criou uma estrutura descentralizada, baseada em processos decisórios coletivos. Não existe reforma agrária sem o Estado, assim como é muito difícil o governo promovê-la sem que haja reivindicação, uma demanda organizada. E o MST surge para organizar essa demanda. O movimento contribui para a democratização do País.

CC: Por quê?

MC: O MST vai aonde está a população mais pobre do Brasil e a convida para participar do movimento. O pessoal envolve-se nos acampamentos, aprende sobre os seus direitos, conhece a política do Brasil. Criam-se assim verdadeiras escolas de cidadania. As pessoas de fora entendem essa dinâmica melhor que vários intelectuais do Brasil, que veem uma ocupação de terra como um grande desrespeito ao Estado de Direito. Eles não entendem que a luta pela democratização implica choques desse tipo. Ás vezes é preciso violar certas leis em razão de um princípio maior. Os movimentos sociais não são inimigos, são arquitetos de uma nova ordem jurídica. O movimento operário, por exemplo, foi fundamental para a criação das atuais leis trabalhistas.

CC: E como o Judiciário se porta diante dessas demandas?

MC: O Judiciário, de modo geral, é um grande obstáculo. Não porque as leis são as piores. A lei permite a reforma agrária. O problema é a interpretação. Em boa parte, isso tem relação com a origem de classe dos juízes. Muitos são filhos de grandes fazendeiros, frequentam os mesmos clubes. Também há a questão da formação, que enfatiza certos aspectos da lei, e não outros.

CC: A partir do governo FHC, há uma maior distribuição de terras no Brasil, ainda que sob a perspectiva de uma reforma agrária conservadora, como o senhor define. Há alguma diferença entre a política de FHC e a do governo Lula?

MC: Comparados com os demais presidentes, eles distribuíram mais terra. Fernando Henrique, até pela conjuntura, o massacre de Eldorado dos Carajás, uma mobilização intensa, investiu nisso. Lula, de modo geral, mais ou menos manteve o que FHC fez. Eu tenho uma visão de reforma agrária mais restrita que a do Incra. Eu, por exemplo, excluo dos números da reforma agrária aquilo que é relacionado à regularização fundiária. Também não considero as áreas de reserva extrativista na Amazônia. Sou a favor, mas isso é um outro tipo de política. Excluindo esses dados, o número de assentamentos dos dois é muito semelhante.

CC: Não há nenhuma diferença?

MC: Houve, no governo Lula, a criação de uma série de programas de apoio à reforma agrária, como acesso ao microcrédito, incremento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, aumento da eletrificação rural. Aumentaram os recursos para a agricultura familiar. Nesse sentido, Lula foi menos conservador do que FHC. Por outro lado, Lula assentou muito mais gente na Amazônia e no Norte do Brasil, repetindo um padrão de colonização da época da ditadura.

CC: O Brasil foi capaz de estancar a concentração de terras?

MC: Essa reforma conservadora apenas reduziu o ritmo da concentração de terras, mas não foi capaz de desconcentrar nada. Para isso, seria necessária uma reforma progressista. Mas isso não está em pauta no governo. Está na pauta do MST e de alguns partidos de esquerda. No momento, infelizmente, a disputa é pela sobrevivência dessa reforma conservadora. Ou isso ou nada.

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