Hoje, 29, a Sala P. F. Gastal inicia a apresentação de uma mostra para marcar a passagem de mais um ano bissexto. Serão exibidos em cópias em DVD quatro filmes raros, até domingo, dia 2 de março. Entre eles, um filme surpresa, nunca antes exibido em cinemas brasileiros (sinopses e grade de horários no box).
A exibição também marca o início de operação do novo equipamento de projeção digital da sala de cinema da Usina do Gasômetro, um projetor Mitsubishi, com 3.000 ANSI Lumens e contraste de 2.000:1, o que assegura uma excelente qualidade de imagem às exibições em DVD, com perfeita definição e contraste.
Os filmes:
Obras-primas do Terror (Obras Maestras del Terror), de Enrique Carreras. Argentina, 1960. Com Narciso Ibáñez Menta, Inés Moreno e Osvaldo Pacheco. Duração: 115 minutos. Preto e branco. Falado em espanhol, sem legendas.
Produção argentina realizada no início dos ano 60, adaptando três contos do escritor Edgar Allan Poe, “O Caso do Sr. Valdemar”, “O Barril do Amontilado” e “O Coração Denunciador”. Com uma tradição pouco conhecida no cinema de horror, a Argentina produziu uma série de títulos no gênero entre os anos 50 e 60. Obras-primas do Terror costuma ser citado justamente como o melhor filme argentino do gênero.
Demência (Dementia), de John Parker. EUA, 1955. Com Adrienne Barrett, Richard Barron e Bem Roseman. Duração: 61 minutos. Preto e branco. Sem diálogos.
Produção maldita realizada na metade dos anos 50, tirada de circulação por suas ousadias formais, que não foram compreendidas à época de seu lançamento. Sem nenhum diálogo, o filme de John Parker acompanha as andanças de uma mulher psicótica pelas ruas de uma grande cidade. Demência foi produzido de maneira cooperativada, usando as sucatas de cenários de A Marca da Maldade, de Orson Welles. Depois de um fracassado lançamento comercial o filme foi relançado com título trocado e com a introdução de um narrador para "explicar" o inexplicável. Na época, a revista Variety definiu Demência como "o mais estranho filme já mostrado nos cinemas".
Rito de Amor e Morte (Yûkoku), de Yukio Mishima. Japão, 1966. Com Yukio Mishima e Yoshiko Tsuruoka. Duração: 30 minutos. Sem diálogos.
O único filme dirigido pelo escritor japonês Yukio Mishima (1925-1970). Autor de livros considerados clássicos da moderna literatura japonesa, como o autobiográfico Confissões de uma Máscara, Mishima teve sua existência marcada pelo homossexualidade e pelo militarismo, dois dos principais temas de sua literatura. Seu suicídio, em 1970, quando cometeu harakiri, foi um evento midiático que chamou a atenção da imprensa internacional. Rito de Amor e Morte esteve perdido por mais de três décadas. Havia rumores de que a esposa de Mishima tivesse destruído todas as cópias do filme após sua morte. No entanto, em agosto de 2005, os negativos foram descobertos no porão da antiga residência do escritor, e o filme logo transformou-se em objeto de culto entre os cinéfilos e fãs do escritor. O próprio Mishima é protagonista do filme, que acompanha o lento ritual de suicídio de um casal. Com bela fotografia em preto&branco, Rito de Amor e Morte não tem diálogos e revela um diretor com notável senso plástico.
Filme Surpresa. Duração: 80 minutos.
Sessão surpresa, com um filme nunca lançado nos cinemas brasileiros. Pista: trata-se do primeiro longa-metragem de um dos grandes diretores do cinema contemporâneo.
Grade de horários:
Sexta-feira, 29
15h - Rito de Amor e Morte + Demência
17h - Obras-primas do Terror
19h - Filme Surpresa
Sábado, 1° de março
15h - Obras-primas do Terror
17h - Filme Surpresa
19h - Rito de Amor e Morte + Demência
Domingo, 2
15h - Filme Surpresa
17h - Rito de Amor e Morte + Demência
19h - Obras-primas do Terror
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